domingo, 4 de novembro de 2018

Viagem para a terra onde o banco voa!


Essa semana resolvi ir lá na terra da minha dinda e mana de coração para visita-la e acertar alguns detalhes do casamento. É uma cidade do interior chamada de Travesseiro, apelidada carinhosamente pelo nosso grupo de amigos de: Fronha!

Bom, primeira coisa que preciso contar é que fui sozinha de cadeira de rodas para lá, provando para todos que lugar de cadeirante é onde ele quiser, a barreira quem cria somos nós mesmos, pois quando se tem vontade tudo é possível sim!

Quando entrei no taxi comentei com o taxista que ele foi um caso raro que não perguntou se a cadeira iria junto. Ele riu e disse que estaria saindo barata essa corrida se não precisasse da cadeira depois de sair do taxi. Prontamente eu falei que com milagre esta saindo barata essa corrida kkkkk.

Chegando lá vi minha dinda saindo do carro e vindo ao meu encontro, detalhe ela também tem dificuldades de locomoção, caminha com auxilio de uma bengala, sim é a manca levando a perneta hahhahahahaha. Conto isso para mostrar para meus leitores que não devemos deixar que nenhuma limitação física, nos impeça de viver! Agora não nego que realmente é difícil, imaginem a briga dela com a minha cadeira e a bengala para coloca-la no carro... Teve uma das nossas saídas que eu não resisti a cena cômica dela tomando uma surra para colocar a cadeira no porta malas e tirei uma foto, ai já viram ela começou a rir e ai que não conseguia ter forças para erguer a cadeira. E eu morrendo de rir dentro do carro e a dinda xingando até minha terceira geração... Hilário! Perco a dinda, mas me nego a perder a piada!


Depois de voarmos as tranças em Lajeado, cidade vizinha, fomos para a casa dela, e a noite nos aventuramos a tomar uma bebida típica mineira sugerida pelo nosso amigo mineiro, chamada “Picumel”, traduzindo: Pinga com mel, ele nos alertou para ir com muito cuidado, pois o “trem” é muito forte. Ele esqueceu que somos gaúchas e gaúchas tem naturalmente o corpo fechado, depois de algumas doses e muitas risadas mandamos foto do “néctar” com mel para nosso grupo de amigos e o mineiro prontamente diz que somos loucas em repetir, que essa bebida é quase uma entrada para o inferno. o.O

Sabem o sacrifício de colocar a cadeira dentro do porta-malas? Vocês devem imaginar que fizemos isso só uma vez ao chegar e outra para eu voltar para casa né? #SQN, essa ginastica nós fizemos diversas vezes com direito a dezenas de risadas, afinal tudo quer der para ser divertido, conosco com certeza será! 

Em umas das noites fomos num evento da escola da pequena da dinda, vocês não tem noção, um evento de uma escola em cidade do interior se transforma em um super acontecimento, achei o máximo isso, porque aqui em Porto Alegre as pessoas mal se falam, raramente conseguem marcar algo para se encontrar... Lá todos são amigos, todos se conhecem, até o prefeito da cidade participa. Ao pegarmos a estrada (de chão batido) para voltar para casa, fui surpreendida por uma cena para mim inusitada, uma aranha caranguejeira enorme atravessando a estrada, bem de boa como se estivesse no meio da floresta amazônica, e a minha dinda ziguezagueando na estrada para atropelar o aracnídeo vindo direto da terra de ITU (só pode pelo tamanho dela), tornou a cena ainda mais engraçada. Passando alguns quilômetros outro ser me surpreende parado bem no meio da estrada, com seus olhos negros e brilhantes me olhando, era uma coruja.

Como comentei com vocês dezenas de vezes já, eu acredito que todas as pessoas devem viver intensamente, e nós portadores de alguma doença crônica temos a obrigação de pensar fora da caixa e viver como se não houvesse amanhã. Então no outro dia fomos até a cidade Arroio do Meio para passear, escolher o sapatinho da minha aia e ao passar na frente de um tatuador da cidade resolvemos fazer uma tatuagem de amigas/irmãs, já tínhamos escolhido há mais tempo o desenho que seria feito entre três amigas, mas a ideia de fazer naquele momento sem pensar muito, deixou o momento mais divertido e empolgante. A dinda fez um dramalhão mexicano com a tattoo dela, disse que estava se esvaindo em sangue, que estava ficando fraca e com frio, e eu aqui com a adrenalina a mil por hora, suando que nem uma égua no cio... Liguei o ar condicionado do carro no frio, passando alguns minutos o calor aumentou, parecia que estava no deserto de Atacama, quando olho para o lado e percebo que a peste fiasquenta da dinda tinha posto o ar no quente potencia inferno! Olho para ela e pergunto se ela está louca, ela me responde que perdeu muito sangue e que esta fraquinha. Senhorrrrrr, foi uma tatuagem de 6 centímetros! E eu me abanando... Só rindo mesmo.

Aproveitamos o impulso da tatuagem e mandamos no grupo dos nossos amigos uma foto de uma tatuagem de um galo gigante nas costas, eu disse para eles que estava no tatuador com a dinda para ela fazer aquela tattoo e perguntei se eles gostaram. A pegadinha durou até a noitinha, até lá ela e eu rimos muito deles, porque parecia que tinham realmente acreditado que seriamos loucas o suficiente para tatuar um galo gigante nas costas, aleguei que o galo era o símbolo da cidade, risos...


Sabem quando as pessoas dizem que às vezes tudo o que precisamos para recarregar as baterias é passar alguns momentos com um amigo? Afirmo para vocês que é a mais pura verdade. Me arrumei, para voltar para a loucura da capital, pensando que já tinha visto tudo de pitoresco que uma cidade do interior poderia me oferecer...Quando estava eu sentada na poltrona do ônibus admirando a estrada que me levaria do interior até a capital, até que sinto uma freada inesperada do motorista, arqueio meus olhos para tentar avistar o motivo do movimento brusco, tinha visão total da frente da estrada e isso deixou ainda mais bizarra a cena, avistei um banco, sim um banco de dois lugares literalmente atravessando a estrada correndo...rapidamente abri a câmera do celular para registrar, porque certamente ninguém iria acreditar se eu contasse que vi um banco atravessando a estrada... o.O









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