Cada dia tem sido um novo desafio, descobri da pior maneira que preciso escrever em letras garrafais “Cadeirante”, nas observações, se não o taxi não me levava ou chegava ao local e me dizia: “Ah, cadeirante? Não trabalho” ou “Ah, tenho gás e não cabe dentro do porta malas”, dentre outras desculpas absurdas.
Cheguei a esperar 3 taxis, até conseguir pegar algum, cada um que vinha dizia que não podia me levar. Até que com a minha paciência já no meu pé, chamei o quarto taxi, fiquei ao lado de fora da casa da minha mãe, sentada na cadeira de rodas aguardando o “profissional do trânsito”. Quando ele chegou e subiu na calçada, eu rapidamente manobrei a cadeira de rodas até a porta da frente do taxi, para minha surpresa o taxista olha para mim e me pergunta: “É cadeirante??”, respirei fundo (mentalmente disse não, sou uma atleta olímpica) e disse, sim sou. Então ele me surpreende com outra pérola ainda pior: “ A cadeira vai junto??”, meu sangue já em ebulição, sem pestanejar eu rosno: “Não, ela não vai, seu taxi é de Jesus, “levanta-te e anda kkkkkk”.
Depois disso pulei para o banco da frente, ao lado do motorista, e deixo a minha cadeira do lado de fora, lógico olho para ele e me questiona: “Tem que colocar a cadeira lá atrás?” Senhor!!!Nãoooo, ela é adestrada, vai sozinha titititi vai cadeira, vai! Porque será que ele foi a viagem inteira mudo??? Hahhahahaahahaa
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